Deputados estaduais capixabas lamentam ataques em escola de SP
Vários deputados lamentaram o assassinato da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morta a facadas por um aluno de 13 anos na manhã desta segunda-feira (27) na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.
Os parlamentares fizeram minuto de silêncio na primeira sessão plenária da semana em memória da professora assassinada e se solidarizaram com outros envolvidos. Conforme as autoridades que apuram o caso, no atentado outras cinco pessoas ficaram feridas: dois alunos e três professores.
Segundo apurações da Polícia Militar paulista, o fato ocorreu por volta das 7h20, quando o adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da unidade de ensino.
Conforme as investigações, o aluno entrou em duas salas de aula com uma faca em mãos, usando uma máscara de caveira, e golpeou a professora pelo menos dez vezes.
Audiência em Aracruz
O deputado Alcântaro Filho (Republicanos) afirmou que o atentado reforça a importância da audiência pública que a Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente realiza em Aracruz na quarta-feira (29) para discutir justamente a questão da segurança nas escolas capixabas.
O local do debate será Coqueiral de Aracruz, bairro do município do litoral norte onde duas escolas foram atacadas por um estudante em novembro do ano passado, resultando em quatro pessoas assassinadas.
Alcântaro alertou sobre o perigo que ainda ronda as unidades de ensino e citou que uma escola na Serra teve há poucos dias o muro pichado com ameaças de violência.
O tema da segurança nas escolas será discutido também na reunião ordinária da Comissão de Segurança a ser realizada na próxima semana, conforme anunciou o presidente do colegiado, deputado Delegado Danilo Bahiense (PL).
Esgoto no mar
Mazinho dos Anjos (PSDB) cobrou do governo do Estado e da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) esclarecimentos sobre “tragédia ambiental” que, segundo relatou, ocorreu no último final de semana na Praia da Guarderia, em Vitória, quando “toneladas de esgoto” escaparam da rede da concessionária e foram jogadas no mar.
De acordo com Mazinho, apesar de a imprensa ter noticiado que o problema decorreu de um pique de energia elétrica provocando falhas no sistema de bombeamento, até agora nem a Cesan nem o governo veio a público explicar o ocorrido.
“A Prefeitura de Vitória parece que está lançando multa, mas é preciso que, além de multar, haja também a penalização dos responsáveis e a tomada de providências para que fatos desta natureza não se repitam mais”, disse Mazinho.
Caixas secas
O deputado Gandini (Cidadania), que preside a Comissão de Meio Ambiente, se disse surpreso com o tom da fala de Mazinho, uma vez que, conforme declarou, o fato apontado não se trata de nenhuma novidade, pois ocorre sempre que chove muito na capital.
Segundo Gandini, apesar de haver uma cobrança “gigantesca” contra a Cesan, quem teria de resolver o problema seria a Prefeitura de Vitória, que não estaria fiscalizando condomínios e prédios que, segundo Gandini, jogam esgoto de forma irregular em recipientes denominados caixas de tempo seco.
Ele acrescentou que essas caixas foram construídas há muitos anos para armazenar esgoto em época que não chove, já que um sistema de drenagem consegue sugá-lo e desviá-lo para a rede de tratamento da Cesan.
“Mas o problema é que quando chove não há bombeamento desse sistema de drenagem que consegue tirar simultaneamente o esgoto e o volume de água, daí então vaza para o mar”, argumentou.
O deputado afirmou que há especulações de que a prefeitura vai multar a Cesan pelo despejo de esgoto na Praia da Guarderia, mas avaliou que deveria multar a si mesma, pois o problema decorre de falta de fiscalização das ligações irregulares na rede coletora, atribuição que seria de responsabilidade da esfera municipal, e não do Estado.
Gandini disse ainda que vai acionar o Ministério Público do Estado (MPES) para que haja prestação de contas por parte da prefeitura da capital sobre a quantidade de multas e de notificações expedidas nos últimos anos contra prédios e condomínios que estão lançando esgoto de forma inadequada na rede seca interligada ao sistema de drenagem.
Fonte: Ales.
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