Abacaxis Recebem Roupas de Papel no Espírito Santo para Enfrentar o Calor Intenso
Segundo a Prefeitura de Marataízes, pelo menos duas mil famílias vivem do plantio da fruta e a produção chega a mais de 40 mil toneladas de abacaxis por ano
Os produtores rurais de Marataízes, no Sul do Espírito Santo, estão recorrendo a uma técnica antiga para proteger os abacaxis do calorão os últimos dias: vestir as frutas com papel. De acordo com a prefeitura do município, pelo menos duas mil famílias vivem do plantio da fruta e a produção chega a mais de 40 mil toneladas de abacaxi por ano.
“Se não fosse o papel que a gente usa para cobrir a fruta, uma roça dessa já teria perdido cerca de 90% [da produção]. Mas como a gente cobre com papel, como a gente vê que o pé tá tombando um pouquinho e a gente levanta, temos todos um cuidado, está dando certo, graças a Deus”, disse o produtor rural José Brandão.
A prática de cobrir o fruto com o papel é comum entre os produtores, mas precisou ser antecipada por causa da onda de calor que atingiu o Brasil no mês de novembro de 2023.
De acordo com a técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar) Maria Maitan, a cuidado nos dias quentes também deixa o abacaxi mais caro.
“ O fruto recoberto recebe uma menor incidência solar, assim ele é protegido e não queima, não cozinha a poupa dele. Se o produtor tem que cuidar da fruta desde a colheita, isso também encarece o produto”
Abacaxis podem queimar, caso fiquem no sol. Produtores do ES passaram a vestir os frutos com papel.
Para o produtor rural José Brandão, o lucro diminui devido ao aumento de custo, mas o resultado final é gratificante. “A gente faz isso porque a gente não pensa só no lucro. A gente pensa em levar para os nossos clientes um abacaxi de qualidade”, disse.
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