Aprovadas emendas de Rose de Freitas fortalecendo proteção às mulheres após casos de violência duplicarem em um ano

Aprovadas emendas de Rose de Freitas fortalecendo proteção às mulheres após casos de violência duplicarem em um ano

O Governo Federal será obrigado a adotar políticas públicas céleres, comprometidas e promover programas que assegurem a dignidade das mulheres na execução do Orçamento da União do próximo ano. Propostas da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) foram incorporadas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 (PLN5/2022), aprovado esta semana na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

Rose apresentou dados do projeto “Justiceiras”, criado para o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica, revelando que os casos duplicaram durante o período de isolamento domiciliar provocado pela pandemia. Segundo a entidade, em 2021, a quantidade de denúncias saiu de 340 casos por mês para 658 denúncias em março.

Desde meados de março de 2020, com a intensificação da pandemia de Covid-19 em todo o mundo e especificamente no Brasil, diversos estados adotaram medidas de isolamento social com o objetivo de minimizar a contaminação da população pelo novo vírus, o que contribuiu para o aumento dos casos de violência doméstica contra as mulheres.

A senadora argumentou que, “embora essas medidas [de isolamento] foram extremamente importantes e necessárias, a situação de isolamento domiciliar teve como efeito colateral consequências perversas para milhares de mulheres em situação de violência doméstica. Elas não apenas foram obrigadas a permanecerem em casa com seus agressores, mas também encontraram barreiras no acesso às redes de proteção às mulheres e aos canais de denúncia”, ponderou.

Outra iniciativa de Rose aprovada é a promoção da dignidade da mulher em sua integralidade, especialmente no contexto da gestação e da maternidade, e os direitos à educação, cultura, política e cidadania das mulheres em seus diversos contextos.

Prioridade – Combater a violência contra as mulheres está entre as prioridades dos mandatos da senadora. No Senado, por exemplo, ela foi relatora de projeto que virou lei determinando de três meses a dois anos de prisão quem submeter vítima de violência a reviver sofrimento. Em outra iniciativa, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou substitutivo de Rose a projeto que garante cota de emprego à mulher vítima de violência.

No site oficial da parlamentar, é possível conferir as principais propostas já apresentadas e aprovadas no Senado. São projetos, emendas e pareceres a iniciativas de outros parlamentares que passaram pela avaliação de Rose, que presidiu a Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher e foi Procuradora da Mulher do Senado.

LDO – É por meio desta lei, que antecede a Lei Orçamentária Anual (LOA), que são estabelecidas metas e prioridades no Orçamento da União para o ano seguinte. Para isso, fixa os recursos que o Governo pretende economizar; traça regras, vedações e limites para as despesas dos poderes; autoriza o aumento das despesas com pessoal; regulamenta as transferências a entes públicos e privados; e indica prioridades para os financiamentos pelos bancos públicos.

Prazos – Com o relatório final aprovado na CMO, o parecer do colegiado será encaminhado à Mesa do Congresso Nacional para votação em Plenário. Conforme a Constituição, os parlamentares têm até o dia 17 de julho para concluírem a votação. Se isso não for feito, o Parlamento fica impedido de entrar em recesso.

 

Fonte: Rose de Freitas