Covid-19: ES terá dia D de vacinação ainda em julho
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, concedeu, na tarde desta terça-feira (12), uma coletiva de imprensa on-line para atualizar as informações sobre o enfrentamento à Covid-19 no Espírito Santo. Entre as informações, foi anunciado um Dia D de combate à doença, no último final de semana deste mês de julho.
Acompanhe os principais tópicos abordados na coletiva:
O ES vive estabilização da curva de casos
Nésio Fernandes: “O ES vive uma terceira semana epidemiológica com uma estabilização da curva de casos de covid-19, nesta última onda que atingiu o nosso estado. Tivemos entre maio e junho o crescimento de 10,44 vezes do número de casos. Foram 245 mil testes realizados para o diagnóstico da doença em solo capixaba. E no mesmo período tivemos no início do mês uma alta incidência de casos novos. Considerando a média móvel dos últimos 7 dias, temos expectativa de sinais de queda, que deverá transcorrer até o fim do mês de julho. É possível que neste mês, no melhor cenário, tenhamos até 40 mil casos ainda identificados. Dos 45 mil testes, 95% deles são realizados pela rede pública”, disse.
Mil novas internações na rede pública
Nésio Fernandes: “Ao longo desta nova onda que iniciou o crescimento em abril, até a data de ontem, já alcançamos mil novas internações hospitalares por casos de covid-19 na rede pública. Na última semana de maio, atualizamos a estratégia de leitos, em que definimos 100 leitos de UTIs e 100 de enfermaria para pacientes pré-hospitalares. Essa estratégia se demonstrou acertada em junho e até agora, porque conseguimos acesso aos leitos”, disse.
Remédio para tratamento precoce poderá chegar às UPAs e PAs
Nésio Fernandes: “Iniciamos a incorporação do Baricitinibe, um medicamento indicado para pessoas que estejam em ventilação invasiva, e que começou a ser incorporado. Estamos preparando para a próxima semana a adoção do medicamento também nas UPAs e PAs. A ideia é usar ainda nas primeiras horas, um tratamento precoce”, afirmou.
Crianças de 0 a 4 anos formam 3ª faixa etária mais impactada pela doença
Nésio Fernandes: “Tivemos 2.096 crianças, de 0 a 4 anos, infectadas pela covid-19 ao longo dessa última onda que atingiu o Espírito Santo. Isso representa na curva de faixa etária a 3ª mais impactada, também em internações, após os idosos e adultos de 18 a 59 anos, com dados superiores a crianças de 5 a 11 e de adolescentes de 12 a 17 anos”, afirmou.
Perspectiva de início de recuperação da última curva
Nésio Fernandes: “Trabalhamos com a perspectiva que no mês de julho teremos uma fase de recuperação da última curva. É fato que a pandemia não acabou. 57% das internações são idosas e 32% são pessoas não idosas. Não existe idade segura para a covid-19. Podemos alcançar neste mês 100 óbitos pela doença”, alertou.
Importância da vacinação completa
Nésio Fernandes: “Importante que a população entenda que entre os que faleceram nessa última onda pela covid-19, nós temos uma distância média de 219 dias da última dose da vacina. Teve gente mais fragilizada que morreu com o esquema completo, mas está longe de ser a regra”, frisou.
Melhora na procura das vacinas ainda é insuficiente
Nésio Fernandes: “É preciso que a população compreenda que mesmo saindo da onda, deve se mobilizar para iniciar ou completar o esquema vacinal. Tivemos uma melhora na procura, mas ainda é insuficiente para alcançar rapidamente a meta de 96% da população vacinada e com esquema atualizado.
Testagem continua sendo de livre demanda
Luiz Carlos Reblin: “Esses 245 mil testes em junho significam 6% da população, então o ES se destaca na testagem, muito porque nos preparamos adquirindo testes. Ampliamos os pontos de testagem, pela Sesa e articulados com instituições de ensino, planos de saúde, etc. O teste não precisa de requisição ou encaminhamento. Há uma regra que define que a pessoa pode ir espontaneamente realizar, seja o teste de antígeno ou PCR. Hoje temos uma positividade de 32% para antígeno e 21% para PCR. Ou seja, a cada 100 de antígeno, 32 tem a presença do vírus na coleta”, afirmou.
Dia D já está marcado
Luiz Carlos Reblin: “Aumentamos a vacinação diária, chegando a 15 mil por dia, mas ainda não é suficiente. Temos feito ações junto aos municípios para aumentar. No último final de semana desse mês haverá um Dia D para intensificar”.
É possível que Anvisa autorize nesta quarta (13) vacina para crianças de 3 e 4 anos
Nésio Fernandes: “É possível que amanhã (13) a Anvisa autorize o uso da Coronavac para crianças entre 3 e 4 anos. Repetimos a convicção de que não existe idade segura para a covid-19. Precisamos encorajar as famílias para que levem estas crianças, que são bastante seguras, conforme apontado por estudos”, acrescentou.
Queda na curva já havia sido apontada como possibilidade próxima
Luiz Carlos Reblin: “Como nós anunciávamos, o início da queda da curva acontece na semana 27, que foi a semana anterior, quando todas as doenças respiratórias na forma mais grave, antes da pandemia, também iniciavam a queda”, comentou.
Três casos de Varíola dos Macacos foram descartados e dois ainda são investigados no ES
Luiz Carlos Reblin: “Até este momento, nós investigamos cinco casos da Varíola dos Macacos no ES, sendo que três já foram descartados e dois estão em investigações. Têm características semelhantes, sendo pessoas que viajaram para São Paulo e apresentaram sintomas, procurando a rede de saúde, em faixa etária de 30 a 49 anos. Já foram feitos exames no Lacen, que tem capacidade técnico-operacional para realizar os exames, apenas aguardamos o envio dos kits pelo Ministério da Saúde. Agora aguardamos a confirmação ou negativa pela UFF, no Rio de Janeiro”, afirmou.
Maior incidência de mortes é registrada em pessoas com esquema vacinal atrasado
Nésio Fernandes: “Nós temos uma incidência de mortes com maior frequência em pessoas com esquema vacinal em atraso. Quando consideramos taxa de óbitos entre 18 a 59 anos, temos uma taxa de incidência muito maior em não vacinados. A maioria dos óbitos vem acontecendo entre a população idosa, no entanto, há um número significativo entre não idosos.
ES não obrigará o uso de máscaras
Nésio Fernandes: “O ES não irá determinar nenhum tipo de obrigatoriedade de medidas sobre atividades econômicas e sociais. Mantemos a recomendação do uso de máscaras em locais fechados, adotada desde o fim do mapa de gestão de risco. Temos uma ocupação de leitos que está dentro da capacidade, sendo que a ocupação varia entre 69% e 89% dos hospitais dedicados à covid-19.
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