Veja dicas para amenizar os impactos na saúde com a baixa umidade do ar
Os alérgicos sofrem! A baixa umidade do ar é a grande responsável pelo aumento da irritação de todas as mucosas, como a ocular e a nasal, até a sensação de boca mais seca. “Essa irritação pode favorecer a piora das alergias.
Apesar de que com a baixa umidade, o crescimento de ácaros e fungos diminui, mesmo assim os alérgicos são impactados porque tem a questão da irritação que o tempo seco causa nas mucosas.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a umidade do ar deve registrar na cidade valores mínimos na casa dos 35% nesta quinta (25). De acordo com a Climatempo, em grande parte das áreas paulistas, a expectativa é de índices abaixo dos 30%.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados adequados para a saúde devem estar entre 50% e 60%. Para enfrentar os efeitos no organismo, a recomendação principal é manter a hidratação.
O ar seco inibe a formação de nuvens e, por causa disso, o sol predomina até o fim de semana, de acordo com CGE. A temperatura apresenta gradual elevação e não há previsão de chuva.
Para Maria Elisa Bertocco Andrade, integrante do Departamento Científico de Alergia e Imunidade no Idoso da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), assim como a alta umidade, a baixa também traz riscos para crianças, adultos, idosos e animais de estimação.
“Tanto a alta quanto a baixa umidade não são ideais. Podemos ainda considerar como umidade de ar aceitável entre 40 e 60%. Acima de 60% não é ideal, assim como abaixo de 40%”, afirma ela.
Segundo a especialista, no caso do tempo seco, cresce a possibilidade de transmissão de doenças infeccionais virais e bacterianas, assim como pode haver o agravamento do quadro de pessoas que sofrem de alergias respiratórias.
A irritação nasal pode ainda provocar sangramento no nariz. A pele também fica mais ressecada, o que pode gerar coceira e lesões na pele”, afirma Maria Elisa.
A especialista acrescenta que a baixa umidade também afeta a concentração. “Todos esses sintomas causam desconforto, afetando a concentração e a memória. Porque a falta de umidade reflete na hidratação cutânea como um todo, não somente da pele, mas de todo o corpo. A pessoa fica mais irritada também”, reforça ela.
Maria Elisa lembra ainda que quem mora perto de áreas arborizadas e rios sente menos os impactos da baixa umidade do ar. Já em áreas com menos vegetação, os danos são maiores.
Entre as medidas para amenizar os impactos provocados pelo tempo seco, está a hidratação. “O principal é tomar bastante água. Você pode usar umidificadores no ambiente, mas com o tempo muito seco, essa umidificação não é duradoura, logo se dispersa.
Todas as medidas paliativas ajudam, mas o mais interessante é a hidratação. Tomar muita água. Assim como as pessoas, os animais também devem estar bem hidratados”, orienta a especialista.
Para os animais de estimação, podem ser oferecidos mais alimentos frescos e úmidos, assim como espalhadas mais bacias com água pelo ambiente, a fim de incentivá-los a consumir mais água.
Quando os índices de umidade do ar estão em torno de 30%, os passeios com os pets também devem ser evitados no período da tarde, assim como os exercícios físicos ao ar livre.
Confira outras dicas para ajudar a amenizar os efeitos da baixa umidade:
– Quando tomar banho, deixe a porta do banheiro aberta para o vapor se espalhar para os outros cômodos.
– Realizar a limpeza do nariz com soro fisiológico também ajuda a retirar irritantes das narinas.
– Use solução nasal com gel específico para hidratar as narinas.
– Colírio nos olhos também ajuda na hidratação ocular.
– Passe hidratante no corpo até três minutos após sair do chuveiro para reter a umidade adquirida durante o banho.
– Deixe roupas secando na lavanderia com a porta aberta e janelas fechadas para umidificar outros cômodos.
– Coloque toalhas umedecidas pela casa, assim como bacias com água.
– Deixe plantas também nos ambientes da casa.
Diariamente, o CGE observa os níveis de umidade relativa do ar na cidade, ou seja, o quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada.
Com a diminuição dos valores, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) decreta estados de criticidade de baixa umidade relativa do ar, levando em conta os níveis de atenção, alerta e emergência, conforme a escala.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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