Saiba mais sobre a programação do Festival de Música Erudita do Espírito Santo

Saiba mais sobre a programação do Festival de Música Erudita do Espírito Santo

O 10º Festival de Música Erudita do Espírito Santo já começou e segue até o dia 26 de novembro em espaços culturais de Vitória. Com concertos itinerantes, o evento conta ainda com outros projetos sócio-educativos com programação em escolas, espaços públicos e comunidades indígenas.

Para a alegria dos capixabas, o festival dá continuidade ao projeto de anos anteriores, ampliando o intercâmbio entre Brasil e Portugal. Além disso, foi inaugura um espaço de experimentação e criação artística com encomendas e estreia de novas obras.

O evento passou a ter uma linha curatorial de programação mais focada nas criações dos séculos XX e XXI, com grande destaque para o repertório brasileiro, latino-americano, português e obras de compositoras. Nesta edição o Festival apresenta uma programação que tem como eixo temático as diversas relações do homem com o tempo.

O projeto, em formato híbrido, recebe o público presencialmente e transmite ao vivo os espetáculos pelo YouTube, até o dia 26 de novembro.

Além disso, foram criados os Concertos Itinerantes, parte de um conjunto de iniciativas voltadas para a integração de comunidades e setores da sociedade que não têm acesso às salas de espetáculo ou espaços culturais.

O Festival é dirigido por Tarcísio Santório e Natércia Lopes, com direção artística de Livia Sabag que também integra o núcleo de curadoria ao lado de Gabriel Rhein-Schirato, Guilhermina Lopes, Fabio Bezuti e Helder Trefzger.

A programação abriu com a estreia mundial de duas obras especialmente encomendadas para comemorar a 10ª edição do Festival, ambas com textos de Geraldo Carneiro, poeta e dramaturgo.

Na sexta-feira (11), na Casa da Música Sônia Cabral, um emocionante concerto de câmara com voz e piano, interpretado pela soprano MasamiGanev e o pianista Alberto Heller.

O repertório lança um olhar poético para o tempo, a natureza e suas relações com a vida humana através de músicas compostas por Gabriel Fauré, Mel Bonis, Liza Lehman, Franz Schubert, da compositora francesa radicada em Portugal, Francine Benoit, NadiaBoulanger, Alberto Nepomuceno, Reynaldo Hahn, Francis Poulenc e Richard Strauss. Uma verdadeira constelação de compositores eruditos.

No dia 12, sábado, no mesmo local, um concerto de câmara com o Quarteto de Cordas Bratya e o violão solo de Lucas Vieira. O concerto abre com a estreia brasileira de Dar Templo ao Tempo, do português Eurico Carrapatoso, seguida de obras brasileiras com fortes presenças do choro e da seresta pelas composições de Lina Pires de Campos, Baden Powell, André Mehmari e Heitor Villa-Lobos.

No dia 18, a Orquestra Jovem Vale Música realiza um concerto totalmente dedicado à música contemporânea latino-americana.

No repertório composições de Clarice Assad, João Guilherme Ripper, Ernani Aguiar, da argentina Valéria Romero, encerrando com a obra Devaneio, encomendada especialmente para o Festival, de Marisa Rezende.

No dia 19, consolidando o intercâmbio Brasil-Portugal, a Companhia de Ópera e Artes Contemporâneas AREPO, de Torres Vedras, interpreta o espetáculo músico-teatral Beatriz, com composições e direção musical de Luís Soldado, e encenação de Linda Valadas, outra estreia mundial dentro do Festival. Ambos os espetáculos acontecem na Casa de Música Sônia Cabral.

Ainda na Casa de Música Sônia Cabral, no dia 25, mais uma vez a presença de compositores portugueses em concerto de câmara com o piano solo de Ana Cláudia Assis. No repertório, obras de Fernando Lopes-Graça, Constança Capdeville, Vianna da Motta e do húngaro Franz Liszt, que foi professor de Vianna da Motta.

No dia 26, no Sesc Glória, o concerto de encerramento traz a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, com regência do maestro Helder Trefzger junto à soprano Natércia Lopes e mais três vencedores do 1º Concurso de Canto que leva seu nome.

A noite abre com obra de Cláudio Santoro, compositor homenageado desta edição. Completam o espetáculo composições de Jules Massenet, Alceu Camargo, paranaense radicado no Espírito Santo, Leonardo Martinelli, Mozart, Giuseppe Verdi e Ruggero Leoncavallo.

Para além dos concertos nas salas de espetáculo, o Festival também promove um conjunto de iniciativas voltadas às comunidades e setores sociais que não têm acesso a esses espaços culturais.

O Pequeno Teatro do Mundo apresentará uma versão para marionetes da ópera infanto-juvenil Onheama, de João Guilherme Ripper, em comunidades indígenas de Aracruz e na Escola da Serra. O projeto Concertos Itinerantes levará diferentes repertórios para asilos, escolas e um patrimônio da grande Vitória, e a cenógrafa Colette Dantas coordenará a oficina TEMPO-LUGAR-SOM, um projeto socioeducativo de instalações artísticas urbanas no centro de Vitória.

Seguindo a sua tradição anual, o Festival homenageará, nesta edição, o compositor e maestro Cláudio Santoro e o maestro capixaba Cláudio Modesto.

A realização é da Cia de Ópera do Espírito Santo (COES), da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio máster da ArcelorMittal, patrocínio do Banescard Visa, apoio do Hotel Ilha do Boi e Arepo, apoio institucional do Governo do Estado do Espírito Santo, através da OSES, Funcultura e da Secretaria de Estado da Cultura.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Concerto de câmara – Canto e Piano

Local: Casa da Música Sônia Cabral
Soprano: MasamiGanev
Piano: Alberto Heller

 

Repertório:

L’Aurore – Gabriel Fauré
CommeDieurayonne – Gabriel Fauré
Donc, cesera par unclairjour d’été – Gabriel Fauré
Crépuscule – Mel Bonis
Evensong – Liza Lehman
Ständchen – Franz Schubert
Despondency – Francine Benoit
Un gran sommeil noir – Nadia Boulanger
Die Stadt – Franz Schubert
Ihr Bild – Franz Schubert
Coração Triste – Alberto Nepomunceno
Ma jeunesse – Reynaldo Hahn
Hier – Francis Poulenc
Poemarecitado: Le Chant du Cygne -Théophile Gautier
Morgen – Richard Strauss

 

Foto: Arte Folha Vitória

Concerto de câmara – Quarteto de cordas e violão

Local: Casa da Música Sônia Cabral
Quarteto: Quarteto Bratya
Violão: Lucas Vieira

 

Repertório:

Dar Templo ao Tempo – Eurico Carrapatoso
Prelúdio n.1 – Lina Pires de Campos
Retrato Brasileiro – Baden Powell
Dois Retratos de um País Despedaçado – André Mehmari
Quarteto n.6 – Heitor Villa-Lobos

18/11 Concerto Vale

Local: Casa da Música Sônia Cabral
Orquestra Jovem Vale Música
Regência: Maestro Lucas Anízio

 

Repertório:

Três variações sobre ‘A Maré Encheu’ – Clarice Assad
Suíte para cordas – João Guilherme Ripper
Transitar – Valéria Romero
Instantes II (de Prados) – Ernani Aguiar
Devaneio – Marisa Rezende

 

19/11 Intercâmbios Brasil-Portugal

Local: Casa da Música Sônia Cabral
Cia Arepo

 

Espetáculo músico-teatral: Beatriz
Composição e Direção Musical: Luís Soldado
Tradução e Libreto: Luís Soldado
Encenação: Linda Valadas
Atriz: Rita Brütt
Barítono: Rui Baeta
Piano: Marta Menezes
Violino: Francisco Ramos
Trompa: César Luís
Cenografia e figurinos: Linda Valadas
Fotografia: Vitorino Coragem
Design gráfico: Maria Pinheiro
Desenho de luz: Luís Ferreira
Assistência musical: David Soldado
Produção: AREPO – Ópera e Artes Contemporâneas

 

25/11 Concerto de Câmara – Piano Solo

Local: Casa da Música Sônia Cabral
Piano: Ana Cláudia Assis

 

Repertório:

Ao fio dos anos e das horas – Fernando Lopes-Graça
Vision d’Enfant – Constança Capdeville
Méditation – Vianna da Motta
Von der Wiege bis Zum Grabe – F. Liszt

 

26/11 Concerto de encerramento

Local: Centro Cultural SESC Glória
OSES e vencedores do concurso Natércia Lopes.

 

Solistas: Natércia Lopes, Laura Duarte, Letícia Moraes, Elizete Felix (sopranos)
Orquestra Sinfônica do Espírito Santo
Regência: Maestro: Helder Trefzger.
Repertório:
Três fragmentos sobre as letras B-A-C-H – Cláudio Santoro
Jeveuxvivre – Charles Gounod
Je suis encore tout étourdie – JulesMassenet
Profitonsbien de lajeunesse – Jules Massenet
È estranho.. Ah, Fors’è Ele… Sempre Libera – Giuseppe Verdi
Abertura Alma – Claudio Santoro
Nostalgia – Alceu Camargo
Aria O Canto do Cisne – Leonardo Martinelli
Porgi amor – W. A. Mozart
Dove son ibeimomenti – W. A. Mozart
Stridonolassù – Ruggero Leoncavallo
Concertos Itinerantes

 

Quarteto COES

09/11, às 09h – EMEF São Vicente de Paulo – Vitória
Quarteto Bratya – quarteto de cordas e violão

 

13/11, às 18h20 – Paróquia São João Batista – Cariacica

Serviço: https://festivaldemusicaerudita.com.br/concertos-itinerantes
Projeto Ópera nos Bairros – de 21 a 25/11
Onheama, a infância de um guerreiro – ópera em marionetes

21/11, às 13h30 – EMEF Prof. Vercenilio da Silva Pascoal – Joana Darc Vitória
22/11, às 10h – EMPI Pau Brasil – Aracruz
22/11, às 16h – EMEFI Arandu três Palmeiras – Aracruz
23/11, às 15h – EMEFI Dorvelina Comboios – Aracruz
25/11, às 10h – EMPI Irajá – Aracruz
25/11, às 16h – EMEFI C. Velha e CMEII C.Velha – Aracruz
Serviço: https://festivaldemusicaerudita.com.br/opera-nos-bairros

 

Projeto Socioeducativo

Tempo-Lugar-Som : instalações artísticas urbanas

 

11/11, às 11h – Escadaria da Igreja do Carmo
18/11, às 16h – Praça Costa Pereira
Serviço: https://festivaldemusicaerudita.com.br/projeto-socioeducativo

Festival de Música Erudita do Espírito Santo

Idealizado por Tarcísio Santório, presidente da COES (Companhia de Ópera do Espírito Santo), o Festival de Música Erudita do Espírito Santo teve sua primeira edição em novembro de 2013, e desde 2014 a direção é dividida com Natércia Lopes.

Já passaram por lá grandes nomes nacionais e internacionais como Eliane Coelho, Cristian Budu, Emmanuele Baldini, Denise de Freitas, Fernando Portari, Eduardo Monteiro, Nahim Marun, Célia Ottoni, Aleyson Scopel, Gabriela Queiroz, Fábio Bezuti, os maestros Gabriel Rhein-Shirato e Helder Trefzger, os argentinos Alfonso Mujica e Rosana Schiavi, os norte-americanos Maria Russo e Marc Verzatt, entre tantos outros.

A 8ª edição, 100% digital, para se adaptar às exigências da pandemia, em 2020, com transmissão simultânea no método “ao vivo”, recebeu inúmeras críticas positivas nacionais e internacionais e por isso, também, foi indicado ao maior prêmio nacional de música clássica, o Prêmio Concerto, da renomada publicação brasileira.

 

Fonte: Folha Vitória