Produção de colágeno da pele pode ser estimulada com alimentos e tratamentos

Produção de colágeno da pele pode ser estimulada com alimentos e tratamentos

Consequência natural no processo de envelhecimento da pele, a queda na produção de colágeno começa aos 25 anos de idade e está entre os principais fatores que levam ao surgimento daquelas ruguinhas indesejadas.

Substância fundamental para a saúde e a beleza do maior órgão do corpo humano, o colágeno é uma proteína que está presente também nos ossos, músculos e até vasos sanguíneos.

Então, o que fazer para ajudar a desacelerar o processo de degradação do colágeno? É possível? Fomos atrás dessas e outras respostas.

Algumas regiões do corpo, como o rosto, colo e pescoço denunciam mais esse processo de envelhecimento. De maneira geral, ele fica mais evidentes a partir dos 40 anos, mas a busca por tratamentos que colaboram com a reposição da proteína acontece cada vez mais cedo.

Segundo o biomédico César de Alencar, entre os motivos está a tecnologia.

“Pessoas mais novas já apresentam linhas no pescoço. Normalmente essas linhas surgem, após os 35 anos de idade, porém com a modernidade e o uso de celulares e tabletes isso está acontecendo, antes: aos 25 anos, por exemplo, em função da posição do pescoço, dobrado para baixo”, explicou.

Tratamentos que ajudam a manter reservas de colágeno nessas regiões

Entre as técnicas utilizadas para ajudar na manutenção das reservas de colágenos nessas regiões, César destaca os fios de PDO, uma vez que promovem o efeito de lift, além de estimular o colágeno.

Eles podem ser encontrados em duas versões: com garras e lisos. “Esses de garra, no início, tracionam a região onde foram aplicados. Com o tempo, o material todo do fio é absorvido pelo corpo e faz o estímulo de colágeno, assim com os fios lisos.

Ainda segundo o biomédico, a aplicação é indicada uma vez ao ano. Porém, em alguns pacientes o efeito pode durar mais tempo. O profissional lembra que pescoço e colo são regiões que costumam envelhecer mais rápido que o rosto. Isso porque a pele dessas áreas é mais fina e delicada.

“O procedimento é realizado com anestésico local, portanto, sem dor. Dura em média 30 minutos e o pós procedimento também é bem simples. Recomendo que a pessoa não pratique atividade física por uns cinco dias e evite movimentos bruscos”, orienta.

Outro tratamento que vem conquistando cada vez mais adeptos são os bioestimuladores de colágeno. César conta que dias após a primeira aplicação já é possível notar que a pele da região tratada começa a ficar mais firme.

Isso ocorre porque a substância aplicada estimula o próprio organismo a produzir um colágeno natural.

“Essas substâncias são aplicadas através de agulhas finíssimas, causando o mínimo de desconforto. As aplicações são feitas no próprio consultório e o paciente pode voltar as atividades normais logo após a sessão”, disse ele.

A biomédica Jordana Jantorno ressalta que os resultados dos bioestimuladores podem durar até quatro anos. “Como começamos a perder colágeno ainda jovens, o ideal é trabalhar com a prevenção do envelhecimento, estimulando as regiões mais delicadas a partir dos 25/30 anos de idade”.

Assim como os fios de PDO, o procedimento é rápido e o efeito começa com 30 dias e até 90 dias alcança o ápice. O número de aplicações vai depender de casa caso e é necessário um intervalo de pelos menos 30 dias entre uma sessão e outra.

“O tratamento pode ser feito no rosto, papada, pescoço, braço, abdômen, costas, bumbum, coxas, pernas, joelhos e colo. Até nas mãos pode. Para isso, existem dois tipos de bioestimuladores. Eles podem ser aplicados em todas as regiões, mas têm indicações para cada uma delas, diz.

Cuidados devem acontecer de dentro para fora do corpo

Jordana ressalta que para o sucesso dos tratamentos, é fundamental que a pessoa esteja em dia com a saúde.

“Se um paciente não estiver bem nutrido, ou seja, com a alimentação balanceada, correta, esse resultado pode ficar comprometido. Uma pessoa com o corpo inflamado, com deficiência de vitaminas e mineiras terá a cascata de produção de colágeno endógeno comprometida”, destaca.

Outra coisa importante para prevenir o envelhecimento precoce é o uso do filtro solar, principalmente nas regiões mais expostas a luz solar: colo, mãos, rosto e pescoço. Lançar mão dos hidratantes também é uma boa pedida para proteger a pele do ressecamento.

Sol, poluição e falta de sono

Além da queda na produção de colágeno, outros fatores contribuem para o envelhecimento da pele. São chamados de fatores externos. Excesso de sol, poluição, estresse e os maus hábitos de vida são grandes agressores da pele.

Segundo os especialistas, nada que não possa ser contornado. Abandonar o cigarro, dormir melhor e buscar uma alimentação balanceada ajudam a evitar a produção de radicais livres responsáveis pela degradação do colágeno.

Alimentos ricos em colágeno ou que colaboram com a produção da substância

Foto: Reprodução Freepik – @pvproductions

1. Carne vermelha e branca: importantes fontes de proteína, auxiliam na absorção e produção de colágeno;

2. Gelatina: é fonte de colágeno;

3. Ovo: alimento rico em proteína, ajuda na sintetização do colágeno;

4. Caldo de ossos: considerado suplemento natural e rico em colágeno;

5. Vegetais de cor verde escura: a couve, por exemplo, é rica em vitamina c (ajuda na produção e absorção do colágeno);

6. Feijão: contém aminoácidos importantes na síntese do colágeno;

7. Cenoura: rica em vitamina c, importante antioxidante que combate os radicais livres;

8. Aveia: possui antioxidantes e é rica em cobre que auxilia na produção de colágeno.

Além de uma alimentação saudável, variada, equilibrada associada a tratamentos dermatológicos que estimulam a produção do colágeno é preciso também cuidar da hidratação por meio da ingestão adequada diária de água.

A prática de exercícios físicos também é importante para a manutenção da boa saúde como um todo.

Fonte: Folha Vitória