Em parceria com a Emescam alunos de uma escola municipal do bairro Da Penha desenvolvem pesquisa

Em parceria com a Emescam alunos de uma escola municipal do bairro Da Penha desenvolvem pesquisa
Emef ZA - Pesquisadores Júnior

Ansiedade dos adolescentes na era digital. Esse foi o tema da pesquisa de estudantes matriculados na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Zilda Andrade, no bairro Da Penha, em projeto desenvolvido junto a estudantes do curso de Enfermagem da Emescam, sob a coordenação da pesquisadora Fabiana Rosa Smiderle.

Emef ZA - Pesquisadores Júnior

O projeto foi selecionado pelo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), dentro do programa de Iniciação Científica Júnior, promovendo uma parceria entre instituições de ensino superior com escolas públicas de educação básica.

A pesquisa teve início em fevereiro e envolveu estudantes do 8º ano ao longo de 2022. Na escola, eles foram assessorados pelas professoras Hemely Angeli, de Ciências, e Ludmila Sales, de Geografia. Ao longo das atividades, os estudantes do bairro Da Penha puderam assimilar como é feita uma coleta e organização de dados numa pesquisa científica e foram estimulados a desenvolver habilidades tanto pessoais quanto conhecimentos científicos; além de terem contato direto com o ensino superior, ampliando horizontes e possibilidades para os adolescentes.

 

“Creio que pra mim foi uma oportunidade de aprender mais sobre a ansiedade, sobre como é feito as pesquisas, como trabalhar em conjunto. Creio que foi importante para a informação, tanto pessoal quanto social. Acho muito interessante o projeto e acho que deveria ter mais projetos assim para que os estudantes conheçam e aprendam”, avaliou João Vinicius Almeida, estudante do 8º ano.

 

A atividade de encerramento do ano foi uma apresentação da pesquisa no auditório do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos (LabPetro), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A pesquisa

Ao longo do projeto, houve capacitação dos estudantes bolsistas para se tornarem pesquisadores júnior. Eles foram orientados para entender sobre o transtorno de ansiedade, principalmente na fase da adolescência no ambiente escolar, conhecendo causas, características e consequências.

Os estudantes puderam aprender como se organiza uma pesquisa científica; como se direcionar a um tema, fazer coleta de dados específicos e quantitativos; descrever os pontos mais relevantes; e apontar o resultado final. O resultado final foi a criação de uma cartilha educativa em formato digital, com visualização e linguagem voltadas ao público juvenil. A cartilha pode ser lida aqui.

O projeto de iniciação científica na escola, na avaliação da professora Ludmila Sales, permitiu que os estudantes se empenhassem mais em produzir trabalhos científicos e desenvolvessem mais interesse pelas ciências, o que facilita a assimilação da aprendizagem, de forma mais interativa.

“Foi muito enriquecedora a participação dos estudantes da escola de uma região mais periférica neste projeto, pois isso faz com eles tenham boa visibilidade local e possam ser mais reconhecidos. E também desperta neles o empenho de trilhar uma formação acadêmica”, avaliou a educadora.

Outros projetos

Até que ponto a prática de atividade física pelos adolescentes sofreu impacto da pandemia da Covid-19? Foi o que buscou responder o trabalho dos estudantes da Emef em Tempo Integral Moacyr Avidos, que fica na Ilha do Príncipe. Com a coordenação da pesquisadora Fernanda Mayrink Liberato, da Ufes, foram realizadas três etapas na construção do projeto: revisão de literatura e elaboração do formulário; pesquisa de campo na escola, tabulação e análise dos dados; além da divulgação dos resultados e promoção da educação em saúde.

Dos 137 estudantes de 12 a 16 anos, 88 responderam à pesquisa. A maioria dos participantes relatou sentir medo, mudança de humor, ansiedade ou estresse por causa da Covid-19, durante o isolamento social. Um estudo analisado mostrou redução da atividade física em comparação com a vida antes do isolamento e um aumento considerável do uso de celular e computadores no período pandêmico.

Já o projeto “Difusão Científica por meio da Anatomia Humana na Educação Infantil” levou a pesquisadora doutora Priscila Rossi de Batista, da Emescam, a trabalhar com as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rubens Duarte de Albuquerque, em Itararé.

Utilizando ferramentas, como o esqueleto humano, a pesquisadora despertou o interesse dos pequenos cientistas do grupo 6 para o conhecimento do sistema circulatório, do funcionamento do pulmão e do coração.

Fonte:PMV