Engenheiros apresentam projeto para melhorar a mobilidade na Grande Vitória
Um projeto para melhorar a mobilidade urbana na Grande Vitória utilizando os modais rodoviário, ferroviário e aquaviário foi apresentado pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc-ES) na reunião da Comissão de Infraestrutura (Coinfra), nesta segunda-feira (20). Os deputados consideram positiva a iniciativa, levaram alguns questionamentos e sugeriram atualizações.
A proposta multimodal construída pela associação e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-ES) foi apresentada por Jaime Oliveira Veiga. Segundo explicou o vice-presidente da Abenc-ES, seria possível transformar o Terminal Rodoviário de Carapina em rodoferroviário e aproveitar a linha de trem que passa a 150 metros dos passageiros de ônibus.
Dali, com o uso de veículos leves sobre trilhos (VLTs) na Estrada de Ferro Vitória-Minas, seria possível chegar até a Estação Pedro Nolasco, com paradas nos bairros que margeiam a ferrovia. A viagem duraria cerca de 20 minutos, afirmou Veiga. “É extremamente viável, tem todo um bolsão de população a ser atendido nesse trecho. Tiramos aí umas 300 viagens de ônibus para Vitória”, calculou.
Membro da Coinfra, o deputado João Coser (PT) falou dos desafios para implantar o projeto, que prevê também a integração com o transporte aquaviário. O parlamentar lembrou que, quando foi prefeito de Vitória, apresentou um projeto de VLT que “não foi viabilizado por dificuldades de ordem política” e à época estava orçado em R$ 2 bilhões.
Pelo projeto multimodal, a linha férrea que liga Carapina e Cariacica teria uma conexão com o terminal aquaviário que seria construído no Rio Santa Maria e em Porto Santana, onde passageiros poderiam embarcar com destino à Prainha, com paradas ao longo do percurso, e vice-versa.
Coser apontou que um projeto dessa envergadura envolve entendimento com os prefeitos da Grande Vitória, além do governador. A urbanização da Prainha, em Vila Velha, com a instalação de cafés, bares e restaurantes no terminal do aquaviário foi considerada um desafio. Para o deputado, é preciso que o sistema multimodal apresente melhorias na conexão do ferroviário com o aquaviário.
O presidente da comissão, Alexandre Xambinho (PSC), sugeriu mais rodadas de discussão envolvendo os prefeitos da Região Metropolitana e a Abenc. Mas antes, pediu que a entidade atualizasse o projeto, elaborado há alguns anos. Informações como a quantidade de capixabas que seriam impactados pelas intervenções, bairros onde o ferroviário faria paradas e o custo estimado precisam ser revistas, segundo Xambinho.
“A Região Metropolitana precisa conversar. Vejo esse trajeto de Carapina até a Estação Pedro Nolasco como uma facilidade muito grande de se tornar realidade por você já ter uma linha férrea pronta”, avaliou o deputado. Para ele, a discussão ganha importância agora com a volta do aquaviário e diante da “viabilidade” do novo Terminal de Carapina.
Ao fim do encontro, foi renovado o convênio entre a Coinfra e a Abenc-ES. A entidade de engenharia civil municia, com suporte técnico, o colegiado nas visitas de avaliação de estruturas.
Fonte: Ales.
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