Afinal o efeito platô existe ou não existe?
Os adeptos da dieta para perda de peso muito provavelmente já tiveram de enfrentar um ponto em comum: aquele momento em que, por mais que haja dedicação, o emagrecimento não acontece mais.
O efeito platô – como é chamado este fenômeno – não é, portanto, nem papo furado, nem fake news. Pelo contrário, é bem recorrente. Mas a boa notícia é que esta situação pode ser driblada, e assim voltar a perder os quilinhos indesejados.
Efeito platô existe?
Quando se inicia uma reeducação alimentar, ou uma dieta restritiva, com foco no emagrecimento, é natural que se perca peso logo nas primeiras semanas. Este fato acontece porque o corpo queima as reservas de glicogênio, uma espécie de reserva energética, para abastecer o corpo. Quando ela se esgota, o tecido adiposo – de gordura – passa a ser acionado para fabricar essa energia.
Mas, o corpo humano é perfeito. Ele tenta se adaptar às circunstâncias para se manter vivo e, sobretudo, saudável. Quando essa menor ingestão de alimentos ou calorias passa a ser constante, o organismo busca o ajuste e o corpo atinge, novamente, seu equilíbrio.
Dessa maneira, esta situação não será mais adversa para o corpo, e o organismo passará a gastar, diariamente, a mesma quantidade de calorias que consome. E, assim, não haverá perda de peso – determinando o indesejável efeito platô.
Por isso, quando a pessoa mantém, por um longo tempo, a mesma dieta e os mesmos exercícios físicos, é muito possível que ela entre neste fenômeno.
Como saber se estou no efeito platô?
Cada corpo é único e não há uma regra para dizer quando se entrará no efeito platô. Mas, em média, ele acontece por volta dos 6 meses com a mesma dieta. É o tempo que o corpo leva para se reprogramar.
A pessoa pode e deve conhecer e observar o próprio corpo. Se a sensação é de que o esforço e a dedicação, há semanas, não estão mais valendo a pena, este é um sinal de alerta.
O efeito platô é, inclusive, um dos maiores motivadores da desistência da dieta e da volta de ganho de peso. Ao se ver frustrada, a pessoa pode abandonar os novos hábitos e voltar para o antigos.
Então, como driblar o efeito platô?
Para escapar do efeito platô e continuar perdendo alguns quilinhos, o ideal é reunir estratégias para alcançar esses objetivos.
Em primeiro lugar, é fundamental não olhar só para a balança. Em uma rotina de alimentação saudável e treinos periódicos, o corpo humano desenvolve músculos. E músculos também pesam.
Então, nem sempre, o emagrecimento aparecerá nos números da balança. A dica é procurar um exame de bioimpedância para comparar o percentual de gordura corporal.
Em segundo lugar, também é essencial procurar um endocrinologista. Com tantas mudanças no corpo e, ainda, com a estagnação da perda de peso, é preciso checar se o organismo está com os nutrientes e vitaminas em dia e, ainda, se essa parada é decorrente de alterações hormonais ou se é mesmo apenas o efeito platô.
Com essas duas atitudes tomadas, é hora de correr para os próximos passos.
Alterar a dieta e os hábitos alimentares
Só existe emagrecimento com déficit calórico – ou seja, quando se consome menos calorias do que se gasta. Por isso, é primordial trocar a dieta. Não é preciso comer menos – apenas fazer ajustes nos alimentos e nos nutrientes que se ingere.
A melhor maneira para mudar os hábitos alimentares é buscar um nutricionista.
Intensificar os exercícios físicos
Para ajudar na queima de calorias, é importante praticar atividades físicas mais intensas, seja na musculação, seja no aeróbico.
O acompanhamento de um profissional de Educação Física vai ajudar bastante na hora de definir os novos estímulos para o corpo, promovendo um maior gasto de energia, sem que se perca muito músculo.
Descansar
Pode não parecer, mas descansar é um dos pilares do emagrecimento. Os dias de folga dos treinos permitem a regeneração muscular, e as boas noites de sono favorecem a regulação dos hormônios ligados à fome, a grelina e a leptina.
Consumir bastante água
Os processos metabólicos acontecem de maneira correta quando há a quantidade suficiente de água no corpo. Por isso, a hidratação é indispensável. Uma pessoa adulta precisa beber, pelo menos, dois litros de água por dia.
Fonte: Folha Vitória
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