Areias monazíticas: Além de Guarapari, outra praia do ES é alvo de estudo para provar potenciais terapêuticos
A Praia da Areia Preta, em Guarapari, já é conhecida por prevenir doenças, como câncer. Agora, pesquisadores procuram descobrir se o balneário de Iriri, em Anchieta, no Sul do estado, também tem esse potencial.
Pesquisadores do Espírito Santo vão estudar a possibilidade de uma outra praia com areias monazíticas no estado também ter “poder terapêutico” e ajudar na prevenção de doenças. É a Praia da Areia Preta, no balneário de Iriri, em Anchieta, no Sul capixaba. A praia mais conhecida com esse potencial é a Praia da Areia Preta, em Guarapari, inclusive com fama internacional.
A Praia da Areia Preta de Anchieta virou é alvo de pesquisadores pelo fato de as areias do local também possuírem concentrações naturais de minerais pesados. Essas areias podem ser encontradas ao longo do litoral e em determinados trechos de cursos d’água.
De acordo com o professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado, Daniel Vale, e um dos responsáveis pelo projeto, tudo começou a partir do interesse dos próprios moradores do local em tentar entender se as areias do balneário também possuem o mesmo efeito das famosas areias de Guarapari.
“A partir dessa perspectiva e da vontade dos moradores, eles procuraram o Ifes para buscar informações concretas e entender se no balneário de Iriri as areias podem trazer benefícios para a saúde por causa do que já acontece na praia de Guarapari. Eles pensaram: ‘como tem areia preta aqui e tem lá, então pode fazer bem’. Então, no início do ano eles nos procuraram para saber se poderia ser feita alguma pesquisa”, contou o professor Daniel.
A partir daí, o pesquisador e a professora Thais Gualandi de Farias, também do Ifes, começaram a fazer uma revisão bibliográfica para ver estudos que já foram feitos na região sobre as areias monazíticas e também em Guarapari.
“Nós já fomos um dia no balneário para ver a concentração de areias monazíticas e ver se todas as praias do balneário tinham essa areia. A nossa primeira percepção visual é que realmente em uma das 14 praias do balneário pode ter uma concentração de minerais pesados, que é a Praia da Areia Preta”, explicou Daniel.
Ainda segundo o professor, as coletas na Praia da Areia Preta devem começar em setembro. Enquanto isso, os professores seguem com a revisão bibliográfica para montar o escopo da pesquisa. A ideia é que o resultado saia em até dois anos.
Para ajudar na pesquisa, o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM-MCTI), com caracterização tecnológica da areia monazítica, e o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), especializado em medição de radiação, também vão participar.
A primeira etapa é a pesquisa mineral e, depois, com os dados. A segunda etapa é a realização de uma parceria com médicos para fazer a análise mais criteriosa do poder da areia e como isso pode afetar a saúde.
Fonte: G1
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