Deputados discordam sobre transferência de bairro de Guarapari para Vila Velha

Deputados discordam sobre transferência de bairro de Guarapari para Vila Velha
Sessão ordinária foi realizada na manhã desta quarta-feira (8). Foto: JV Andrade

Os deputados Zé Preto (PL) e Tyago Hoffmann (PSB) se colocaram contra a possibilidade de o bairro Recanto da Sereia, que pertence a Guarapari, passar para a administração do município de Vila Velha. O tema foi suscitado por projeto de lei de Gandini (Cidadania) que prevê a realização de um plebiscito para saber a vontade dos moradores diante do que ele considera como “abandono” da localidade.

Com base eleitoral na cidade que seria afetada com a medida, Zé Preto concordou com o motivo apresentado por Gandini. O deputado do PL frisou que no bairro, onde residem 6 mil pessoas, faltam de serviços básicos, como saúde, limpeza urbana e asfaltamento. No entanto, disse ser contrário ao plebiscito e responsabilizou a administração municipal.

Natural do balneário do sul capixaba, Tyago Hoffmann disse que o projeto traz à tona o debate sobre a região da Praia do Ulé, “importante vetor turístico, importante espaço para a prática do surfe, que está abandonado”. O socialista falou que nesta terça (7) enviou um ofício ao prefeito Edson Magalhães (PSDB) para que ele leve a infraestrutura necessária àquela região. “Nossa batalha vai ser para que ela (a região) continue em Guarapari”, defendeu.

Autor da medida, Gandini explicou o motivo por que protocolou o Projeto de Lei (PL) 70/2023. Segundo revelou, o parlamentar achou que o “abandono” do bairro se dava pelo fato de ele estar localizado depois do pedágio. No entanto, disse que matéria publicada na mídia mostra relatos “dramáticos” de falta de assistência por toda a cidade.

Valorização das mulheres

No Dia Internacional das Mulheres, Gandini cobrou que o governador Casagrande (PSB) coloque em prática o novo piso salarial dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O deputado avaliou que a medida valorizaria as mulheres, maioria nessas carreiras. O deputado mostrou um vídeo em que o então candidato à reeleição ao governo tratava do compromisso.

“Para além da homenagem, a gente precisa de atitude clara, de política pública que realmente transforme e torna a mulher na sociedade com mais equidade”. O comentário foi seguido por um elogio feito ao Executivo estadual, que corrigiu o piso nacional do magistério. “Essa é uma atitude clara de valorização, inclusive da mulher, que é a grande maioria dessa categoria”, completou.

Outros aproveitaram para lembrar o 8 de março, sob várias perspectivas. Lucas Polese (PL) cobrou medidas mais duras, como o fim da impunidade, para lidar com a violência que atinge não só as mulheres, mas todos os cidadãos. “A vida no Brasil vale muito pouco”, salientou. Para João Coser (PT), a data é um momento de reflexão sobre os problemas enfrentados por elas, como a diferença salarial.

Hudson Leal (Republicanos) preferiu olhar para a participação das mulheres na política. Usando a Assembleia Legislativa (Ales) como exemplo de baixa representatividade, o parlamentar disse que apenas quatro deputadas foram eleitas em um estado onde metade da população é do sexo feminino.

Ferrovia

O deputado Mazinho dos Anjos (PSDB) criticou a mineradora Vale por não cumprir o compromisso de construção da ferrovia EF-118. O tucano disse que a CPI das Licenças Ambientais investigará acordos envolvendo a empresa. “Não pode simplesmente jogar poeira, pó de minério na cara população de Vitória, do Espírito Santo, e não cumprir as obrigações como a construção da ferrovia”, afirmou.

CPI 

Antes da sessão, os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso Sexual realizaram votação para eleger os responsáveis pelos trabalhos. O presidente será Dary Pagung (PSB), que protocolou o requerimento para criação da CPI; Coronel Weliton (PTB) será o vice; a relatora será Raquel Lessa (PP); e Tyago Hoffmann (PSB) foi escolhido como suplente.

Ordem do Dia

O presidente da Comissão de Justiça, Mazinho dos Anjos, não relatou o veto que encabeçava a pauta, que permaneceu trancada. Como isso, a análise do impedimento e também de sete urgências foi transferida para a próxima semana.

 

Fonte: Assembleia Legislativa.