Equipes de Transição discutem finalização das obras de macrodrenagem em Cachoeiro
Ferraço (PP), expressou grande preocupação com o andamento das obras de macrodrenagem no município
O prefeito eleito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço (PP), expressou grande preocupação com o andamento das obras de macrodrenagem no município, principalmente com a proximidade do período de chuvas e o risco de alagamentos na região central da cidade.
Ferraço entrou em contato com o prefeito Victor Coelho (PSB) para alertá-lo sobre o risco de alagamentos no bairro Guandu, especialmente no trecho entre a antiga estação ferroviária e a rua César Misse, próximo ao antigo Shopping Popular. O problema está relacionado à falta de interligação da rede de drenagem, que não foi concluída devido à presença de rochas no subsolo, onde devem ser instaladas as manilhas.
“A situação é preocupante, especialmente com a chegada da temporada de chuvas. Precisamos garantir que as obras avancem sem mais atrasos para evitar transtornos à população. A interligação das redes de drenagem, principalmente na área do Guandu, é uma prioridade, e estou acompanhando de perto o andamento das obras para que não haja surpresas negativas”, afirmou Ferraço.
Em resposta, o prefeito Victor Coelho colocou sua equipe à disposição para esclarecer o andamento das obras. Nesta sexta-feira (22), o engenheiro José Santiago, integrante da equipe de transição de Ferraço, visitou o local acompanhado do secretário de Obras, Rodrigo Bolelli, outros membros da pasta e do representante da empresa R&R Engenharia, responsável pelos trabalhos.
A visita teve início no bairro Nova Brasília, nas proximidades da Praça do Rotary. A equipe de Obras informou que, entre a praça e o Supermercado Molina, será necessário abrir a Avenida Etelvina Vivácqua para a implantação de uma caixa de amortecimento da água. De acordo com o secretário Bolelli, essa estrutura tem como objetivo reter a água das chuvas vindas do bairro São Francisco de Assis, evitando que a avenida seja alagada.
Contudo, a obra no local só será iniciada após a conclusão das intervenções no Centro. O prazo de execução ainda não foi definido, mas a estimativa é que dure cerca de dois meses, com interdição da via na altura da Praça do Rotary. A solução para minimizar os transtornos seria o início imediato da segunda fase das obras de macrodrenagem, que vai da Linha Vermelha, no bairro Zumbi, até o bairro São Francisco de Assis, logo após a finalização da primeira etapa.
O secretário de Obras afirmou que a segunda etapa está orçada em R$ 65 milhões e que o governador Renato Casagrande (PSB) teria se comprometido a liberar o recurso após a conclusão da primeira fase.
“No projeto inicial, a caixa de amortecimento não estava prevista, mas decidimos incluí-la por precaução. Se a segunda fase começar logo, a rede do São Francisco poderá ser interligada na Linha Vermelha, o que eliminará a necessidade de intervenção na Etelvina Vivácqua”, explicou Bolelli.
Conclusão de muro na Linha Vermelha
Outro ponto visitado pela equipe de transição foi a Linha Vermelha, onde ainda falta a conclusão de um muro na divisa com o terreno do Hortifruti. O muro não foi finalizado devido ao atraso na troca da rede de energia pela EDP, que tem dificultado o avanço da obra. O trecho de aproximadamente 30 metros necessita da implantação de um ramal de manilhas de 3 metros de largura por 3 metros de altura, parte da rede de drenagem composta por manilhas de 6 metros de largura por 3 metros de altura.
Embora a obra esteja paralisada, a expectativa é que ela seja retomada em breve, assim que a EDP concluir a remoção dos postes e a troca da fiação.
Rede no Guandu e pedras no caminho
A principal preocupação de Ferraço está com o risco de alagamentos no bairro Guandu, onde a rede de drenagem ainda não foi interligada devido à presença de pedras no subsolo. Durante a visita ao local, constatou-se que não havia movimentação de trabalhadores para a remoção das rochas.
De acordo com o representante da R&R Engenharia, pelo menos oito empresas estiveram no local para fazer orçamentos, mas muitas desistiram por se tratar de um trabalho pequeno. No entanto, uma empreiteira já foi contratada e está providenciando o deslocamento dos equipamentos para iniciar a remoção das pedras. Tanto o empreiteiro quanto o secretário de Obras garantiram que as interligações na região serão concluídas até o dia 31 de dezembro deste ano, restando apenas o calçamento para liberar a via após essa data.
Pedro Paulo Biccas Jr.
Jornalista (0003813/ES)
Cientista Político (USP)
Especialista em Planejamento Estratégico (FGV)
Especialista em Liderança, Mentalidade e Desenvolvimento Contínuo (PUC-RS)
Especialista em Mídias Digitais (FGV)