Parlamentares discutem maternidade precoce na Ales

Parlamentares discutem maternidade precoce na Ales

A maternidade prematura pautou o discurso de parlamentares na sessão ordinária virtual nesta quarta-feira (10). O deputado Doutor Hércules (Patri) cobrou ações do Poder Executivo, em todas as esferas, para a realização de trabalho preventivo, visando diminuir os índices de crianças entre 10 e 14 anos que acabam se tornando mães precocemente e, por conta disso, acabam tendo de abrir mão de sua infância.

“As meninas de 10 a 14 anos deveriam estar brincando de boneca, mas estão brincando com um neném no colo. Nós temos que dar um basta nisso. As autoridades nesse assunto estão muito omissas. Porque nós aqui temos o microfone, a tribuna pra falar, mas a ação direta é do Poder Executivo, municipal, estadual e federal, eles que têm que tomar conta disso”, exigiu.

O deputado Delegado Danilo Bahiense (PL) endossou o discurso do colega e apresentou dados: “Nossas crianças estão dando à luz numa idade muito tenra, 299 partos de meninas de 10 a 14 anos no ano passado (no Espírito Santo) e registrar também que nós tivemos, no ano passado, o registro de 1.077 estupros de vulneráveis, o que é lamentável”, avaliou o parlamentar.

Agentes de saúde

Já o deputado Dr. Rafael Favatto (Patri) ressaltou o papel dos agentes comunitários de saúde no trabalho de prevenção e de acompanhamento das famílias. O parlamentar cobrou a valorização da categoria por parte do Poder Executivo.

“O município, o Estado, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, precisam estar envolvidos com essas famílias. E uma maneira de estarem envolvidos é a valorização dos agentes comunitários de saúde. Eles têm um papel fundamental nesse relacionamento com as famílias. Nós precisamos fortalecer esses vínculos entre o poder público e a sociedade”, defendeu.

Violência obstétrica

Doutor Hércules também falou sobre violência obstétrica e citou um caso de uma mãe que ganhou na Justiça o direito de ser indenizada, pelo fato de o hospital ter impedido o pai da criança de acompanhar o parto de seu filho.

“O morador de Cachoeiro de Itapemirim e sua mulher vão receber indenização de R$ 15 mil após a decisão da Justiça. Isso é uma luta nossa de muito tempo. Nós já fizemos aqui, na Assembleia Legislativa, audiência pública sobre violência obstétrica e depois fizemos a audiência também lá no Hospital das Clínicas”, afirmou o médico.

Ordem do dia

Nove propostas constavam para análise em regime de urgência na sessão desta quarta. Mas o primeiro veto – aposto a projeto sobre monitoramento por vídeo no transporte escolar (PL 760/2019) – não foi relatado pela Comissão de Justiça, permanecendo, assim, trancada a pauta de votações. As matérias voltam à ordem do dia na próxima sessão ordinária, na segunda-feira (15).

Fonte: Ales