Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes homenageia quatro pessoas e três instituições
Quatro pessoas e três instituições foram homenageadas com o Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes, que, este ano, chegou à 18ª edição. A escolha dos premiados foi feita em reconhecimento aos trabalhos prestados em prol da defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. A solenidade de entrega dos troféus foi realizada nesta quinta-feira (17) no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença da governadora em exercício, Jacqueline Moraes.
É uma alegria participar desse evento que reúne tantas lideranças importantíssimas, que são símbolos da luta pelos direitos humanos no País e em nosso Estado. O prêmio visa homenagear todos aqueles que lutam pela justiça social, em defesa dos direitos humanos e que se dedicam no cuidado com o meio ambiente e a educação. O Prêmio Dom Luiz homenageia a dedicação de vocês que, individual ou coletivamente, lutam por justiça, valores humanistas e celebração da vida, seguindo o exemplo do patrono do prêmio”, afirmou Moraes.
A secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, falou mais sobre a premiação. “Cada um dos premiados representa a caminhada de Dom Luís por mais igualdade, por uma sociedade melhor e com mais dignidade. São pessoas e instituições que me inspiram na luta por direitos humanos. Estamos vindo de um período muito difícil por causa da pandemia da Covid-19 e podermos celebrar hoje, neste evento presencial, nos dá esperança de continuar seguindo”, destacou.
História
O prêmio foi instituído pela Lei Estadual 7.844/04 e em homenagem a Dom Luís Gonzaga Fernandes, que foi bispo auxiliar de Vitória durante o período de 1966 a 1981. Falecido em 2003, Dom Luís foi uma figura importante, que dedicou a vida à luta para a redução das desigualdades sociais, defesa dos menos afortunados e à valorização da mulher na igreja e na sociedade.
Conheça os homenageados de 2021:
– Padre Waldyr Ferreira de Almeida
Sacerdote Católico da Arquidiocese de Vitória e médico psiquiatra se tornou uma importante voz na defesa dos injustiçados e dos direitos humanos. Preso e perseguido pela ditadura militar de 1964, o padre exerceu a profissão de médico como uma forma de doação aos necessitados. Hoje, aos 92 anos, continua, apesar de menos atuante, atento aos acontecimentos mais importantes do Brasil e do Mundo. A indignação e protesto pessoais não se abalam diante da ameaça à justiça e aos direitos humanos.
– Carlos Fabian de Carvalho
Membro integrante e orgânico do Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Espírito Santo e da Comissão de Promoção da Dignidade Humana da Arquidiocese de Vitória. Carlos é um dos coordenadores da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Vitória e tem agido na defesa de políticas sociais que atendam aos mais vulneráveis, além de ações que minimizem o sofrimento dos moradores de rua. Tornando-se, assim, importante representante dos direitos humanos em meio a sociedade.
– Pastor Adahyr Cruz (in memoriam)
Falecido no dia 13 de março de 2021, vítima da Covid-19, o pastor Adahyr Cruz, da Igreja Metodista, era membro atuante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, do Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional do Espírito Santo, do Movimento Nacional dos Direitos Humanos e do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra-ES. Também participou do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Espírito Santo e do Fórum de Diversidade Religiosa.
– Marco Ortiz (in memoriam)
Médico que dedicou grande parte da sua vida para divulgar e testemunhar os benefícios de uma vida em contato com a natureza e de uma alimentação saudável, feita à base de produtos da terra obtidos sem o uso de insumos químicos e de agrotóxicos. Fundou e gerenciou durante muitos anos o Restaurante Sol da Terra, onde as pessoas praticavam a alimentação natural e, ao mesmo tempo, aprendiam os seus segredos. Marco Ortiz faleceu em dezembro de 2021 devido a uma pneumonia, que causou insuficiência respiratória por conta da Covid-19.
– Grupo Ecos de Gaby
Constituído por voluntários com o objetivo de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo Padre Gabriel Félix Roger Maire, conhecido como “Gaby”, sacerdote católico francês que atuou no Brasil a partir da década de 1980. Contribuiu com a formação sócio-político-religiosa dos moradores de vários bairros do Estado; A atuação com proximidade e defesa dos injustiçados e dos mais necessitados o distinguia e acabaram custando-lhe a vida. O Grupo Ecos de Gaby foi criado há cerca de sete anos e já publicou dois livros: “Prefiro morrer pela vida a viver pela morte” e ‘’Ecos de Vitória’’.
– Coletivo Mães Eficientes Somos Nós
Criado em 2014, composto por pais, mães, responsáveis e/ou familiares de pessoas com deficiência. O Coletivo luta por políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência e suas famílias e trabalha visando a criar e fazer vigorar políticas públicas Inter setoriais. E, de fato, o Grupo tem atuado na articulação com autoridades e com Organizações da Sociedade Civil, elaborando diretrizes para a Educação Especial e para o Atendimento Psicossocial de pessoas e famílias. O Grupo também tem dado atenção especial às pessoas que se dedicam ao cuidado de pessoas com deficiência.
– Mosteiro Zen Morro da Vargem
Fundado em 1974 no município de Ibiraçu, o MZMV é o primeiro mosteiro budista da América Latina. Destacado por diversas instituições ao longo dos anos, o MZMV consolidou-se como um exemplo de recuperação ambiental e sustentabilidade. O Mosteiro realiza suas atividades com base em 3 pilares: o espiritual, o socioambiental e o cultural, além de estar ‘alinhado’ com a agenda mundial proposta pelas Cúpulas das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Governo do ES
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