Rubem Braga: em Vitória projeto contemplado leva oficina de cerâmica a escolas da capital
As primeiras peças que se tem notícia são da pré-história. Constituídas de argila, eram apresentadas em sua cor natural ou enegrecidas por óxidos de ferro. Estamos falando da cerâmica, forma de arte e expressão cultural que agora “invade” as salas de aula de Vitória a partir da próxima segunda-feira (15).
Trata-se do projeto “Cerâmica na Escola”, contemplado pela instrução normativa nº 001/2020 do Projeto Cultural Rubem Braga por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).
A ação consiste em oficinas de cerâmica que serão ministradas por membros da Associação de Ceramistas do Espírito Santo (CERAMES) para uma turma do 5º ano e oito turmas do 7º ano de diferentes escolas da capital.
“A lei Rubem Braga democratiza e valoriza a cultura. Esse projeto em especial, de ensinar a arte de modelar a argila traz algo que é intrínseco à cultura de Vitória. A CERAMES está de parabéns pela proposta”, elogiou o secretário municipal de Cultura em Exercício, Tiago Benezoli.
Os encontros acontecem nas escolas municipais de ensino fundamental (Emef) Maria Leonor Pereira da Silva, em São José, Adilson da Silva Castro, em Bento Ferreira, e Edna de Mattos Siqueira Gáudio, em Jesus de Nazareth, e atenderão a, aproximadamente, 225 estudantes.
“É uma satisfação receber em nossas escolas os artistas da CERAMES para ministrar as oficinas de cerâmica. A arte na educação básica faz com que a gente consiga alargar as experiências em sala de aula dos nossos estudantes, possibilitando a descoberta de talentos e habilidades, desenvolvendo competências que vão acompanhá-los em outras disciplinas também. E ter esse contato na escola desperta a atenção e trabalha o sentimento de pertencimento dos nossos estudantes nos territórios onde eles vivem” declarou a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner.
Ao todo, serão quatro aulas semanais, teóricas e práticas, de duas horas para cada turma onde serão ensinadas técnicas de modelagem de canecas e pratos. Após cinco semanas os estudantes irão até a sede da CERAMES, no bairro Horto, onde completarão a carga horária de 14 horas.
Estima-se a produção de aproximadamente 700 peças que passarão pelos processos da 1ª e 2ª queimas. O objetivo é que todo o material seja exibido em exposições nas escolas participantes a partir da segunda quinzena do próximo mês de novembro.
“A ideia do projeto surgiu dentro da nossa associação a fim de cumprir com uma de suas missões que é divulgar a arte cerâmica repassando conhecimento”, afirmou uma das monitoras da oficina e membro da CERAMES, Mariana Barroso.
“Vamos oportunizar aos alunos o pertencimento de utensílios cerâmicos de uso cotidiano produzidos por eles próprios”, completou Mariana.
Também participam como instrutores da oficina Marcio Nogueira, Fernanda Giori, Marise Bessa, Luiz Paulo Comério, Clarissa Furtado, Tânia do Carmo, Paula Roque e Silvia Binda.
Acessibilidade
Mostrando que a vivência de um ceramista também é inclusiva o projeto “Cerâmica na Escola” promete não deixar ninguém de fora.
“Nossa proposta é a modelagem em argila, uma atividade que utiliza habilidades táteis e sensoriais, apresentando-se, dessa forma, bastante inclusiva para pessoas com deficiências visuais e de mobilidades reduzidas e como exercício possível para pessoas com deficiências motoras”, acrescenta Marcio.
Fonte: PMV
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