Se eleição fosse hoje, Casagrande seria reeleito no 1º turno, segundo pesquisa Real Time Big Data
A pesquisa Real Time Big Data (número ES-09325/2022), encomendada pela TV Vitória em parceria com a Record TV, mostra não só um cenário de favoritismo para o governador Renato Casagrande (PSB) na disputa ao governo do Estado como também a possibilidade real da eleição terminar no primeiro turno. Os números apresentados na pesquisa, que ouviu 1.500 eleitores nos dias 23 e 24, sugerem isso.
Na pesquisa espontânea – a que não apresenta lista de candidatos aos eleitores –, Casagrande pontuou 22%. Embora os entrevistados que não responderam ou ainda não sabem em quem irão votar somem 46%, Casagrande pontua mais que todos os outros candidatos juntos. Nesse cenário, Manato (PL) vem em segundo lugar com 12%; Guerino (PSD) e Audifax (Rede) estão empatados com 2% e, por conta da margem de erro de 3 pontos percentuais, os dois empatam com Aridelmo (Novo), que tem 1%.
No cenário estimulado, a possibilidade da eleição ao governo do Espírito Santo terminar em primeiro turno é mais visível – a vitória em primeiro turno se dá quando um candidato atinge mais da metade (50% + 1) dos votos válidos (excluídos os votos em branco e os votos nulos).
Casagrande tem 49% das intenções de voto, mas se for contar somente os votos válidos – excluindo os votos brancos e nulos, que somam 6% –, a pesquisa aponta que Casagrande teria 52,1% dos votos, ou seja, se a eleição fosse hoje, o retrato da pesquisa mostra que Casagrande estaria reeleito.
Também no cenário estimulado, o socialista tem mais que a soma das intenções de voto dos concorrentes, já que Manato aparece com 21%, Guerino com 6%, Audifax com 4%, Aridelmo tem 2% e Capitão Sousa também tem 2% – Claudio Paiva (PRTB) não pontuou e os que não sabem ou não responderam somam 10%.
Outros fatores
Mas não é somente a intenção de voto que contribui para que Casagrande seja considerado franco favorito. A pesquisa também mostrou que ele e seu governo estão bem avaliados. A aprovação ao governo é de 61% contra 34% de desaprovação – 5% não souberam ou não responderam.
A soma dos que avaliam a gestão como boa ou ótima chega a 45%, enquanto a avaliação ruim e péssima tem 20 pontos percentuais a menos: soma 25% – a avaliação regular é de 26% e os que não sabem ou não responderam, 4%.
Essa aprovação deve ser bastante explorada pela campanha de Casagrande, mirando em seus feitos, principalmente na propaganda de rádio e TV, que começa nesta sexta-feira (26).
Casagrande, que conseguiu juntar 11 partidos em sua coligação, terá o maior tempo de exposição na TV: mais de 60% dos 10 minutos do programa eleitoral separado para os candidatos ao governo. A visibilidade maior é bastante considerável e pesa a favor de Casagrande, já que o segundo maior tempo de TV é de Manato, com 1 minuto e 17 segundos.
Embora as redes sociais venham, desde 2018, desempenhando um papel relevante nas eleições, é ainda a TV aberta que entra em praticamente todos os lares capixabas.
Rejeição é problema?
A taxa de rejeição apontada pela pesquisa é maior para Casagrande e soma 34%. Esse dado representa a resposta àquela pergunta “em quem você não votaria de jeito nenhum?” e é considerado pelos analistas políticos o mais difícil de ser alterado. É o chamado “não voto convicto”.
É comum ao candidato que defende a reeleição, ser também o mais lembrado no cenário da rejeição. Parte da explicação é porque ele está mais “fresco” na memória do eleitor. Mas, embora encabece a lista dos “rejeitados”, dentro da margem de erro da pesquisa (de 3%) Casagrande acaba empatando com os outros concorrentes: Manato tem 33% de rejeição; Guerino, 31%; Aridelmo, 30% e Audifax tem 29%. Ou seja, os principais concorrentes estão no mesmo patamar com relação à antipatia do povo.
Mas, esse é o retrato de hoje. Essa é, inclusive, a melhor forma de se definir uma pesquisa eleitoral: é o retrato do momento. Não se pode, por exemplo, olhar para os dados de hoje e dizer que o jogo, que só se encerra daqui a 37 dias, está ganho. Uma outra definição, mas com relação à política, é também verdadeira e pertinente: a política é como nuvem, que muda constantemente. E daqui até o dia 2 de outubro, muita coisa pode mudar.
Fonte: Folha Vitória
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